sábado, 10 de setembro de 2011

Monotipias em metal

Comecei meu curso com a gravura do último post e resolvi ficar.
Começamos com um processo de soltar a dobras do cérebro!
Aproveitando meu trabalho anterior com monotipia, fiz uma sequencia de monotipias em metal.

O trabalho no vidro foi uma proposta experimental de baixo orçamento, porque afinal monotipia pode ser feita com qualquer coisa sobre qualquer coisa, é uma técnica muito simples de transferência de tinta de uma superfície para outra: do vidro para o papel, do metal para o papel, poderia até ser do metal apara o vidro se este fosse o suporte final.

Mas uma forma mais "acadêmica" de monotipia é sobre o metal com tinta óleo transposto depois para um papel de alta gramatura. No meu caso, eu tinha uma chapa de cobre como base, que era aquela mesma que já estava gravada e a tinta à disposição era tinta de impressão para metal.

O processo é fluido e livre... No caso utilizei bastante entintagem com cores e retirada de parte da tinta com a base de um lápis.

Esta monotipia foi feita com duas impressões sobrepostas.
Nos buscamos na queda...
As mãos são como pincéis, o gesto, é realmente um gesto, pois meus dedos correm pelo rosto. E tudo é captado na impressão.

As linhas desta monotipia foram feitas "ao contrário": o metal é todo entintado, a folha é posta sobre e quando o lápis ou outro material regido corre sobre o verso da folha a tinta da base se prende ao papel. Não dominei o suficiente para fazer um trabalho muito limpo, mas achei muito interessante por ser um processo muito direto, a prensa não é necessária.
Para que a tinta de impressão tenha uma consistência melhor para trabalhar, se mistura um pouco de óleo, neste caso... foi óleo demais o desenho quase se perdeu.

Gostei bastante dessas últimas. Na última as laterais foram limpas com a talagarça, e é possível ver que parte do que está impresso na chapa também aparace na impressão (os pontinhos na base esquerda e as linhas na base direita).
São tantas as possibilidades que é possível ficar dias e dias se divertindo com esta técnica. É um trabalho muito rápido e espontâneo, tudo é captado pela prensa.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Gravura em metal!



Eu fiquei dois anos trabalhando com a monotipia. Enquanto eu desenvolvia esse processo, minha professora fi vendo meu interesse e começou a me incentivar a ir atrás de outras formas de gravura, gravuras de fato...
Este ano, fiquei sabendo do Estampa 2011 que foi um evento que organizou exposições, palestras e oficinas em torno do tema da gravura e seus afluentes. Era a oportunidade que eu precisava para me aproximar das técnicas sem ainda um compromisso.
Fui fazer uma oficina com o pessoal do XiloMóvel, que propõe um atelier intinerante de xilogravura, e achei muito bacana ainda que não muito motivada, pois o processo da xilo é quase inverso ao processo de desenho que eu vinha desenvolvendo, é preciso uma programação prévia, o que se desenha é o vazio e não o cheio.
Mas fiquei ansiosa mesmo foi pela oficina de gravura em metal que eu faria no Atelier Piratininga! A idéia de conhecer um atelier por si só já era muito interessante. O workshop foi mto legal! atacamos apenas uma técnica, a ponta seca, mas sem esperar eu produzi minha primeira gravura e ainda a vi ser enquadrada numa grande molduraria.
Esse desenho foi um teste de traço, de algumas texturas, mas também teste pessoal, sempre pondo em cheque minha capacidade de criação de alguma imagem em dois segundos!

A imagem, claro, tirei da própria chapa... Segundo o Ulysses uma serei mística.

domingo, 24 de julho de 2011

De que adianta

De que adianta postar tudo que já fiz se não mais faz parte do meu presente?
Foi superado, passou sob a ponte e sumiu da minha mente.
O que importa é o que está por vir.

Minhas ultimas monotipias de PVA e lápis de cor foram... Detalhes.





















segunda-feira, 11 de julho de 2011

Impressões




Como sempre, preciso concluir uma idéia, para seguir com uma nova.
Eu já estou seguindo uma nova... idéias esclarecedoras, nova técnica, novo trilho... vida nova!
Mas o novo trabalho não deixa de ser uma continuidade das impressões, portanto, vamos a elas:






Tive muita dificuldade em tratar essas imagens pois os traços sutis do lápis e os detalhes rarefeitos das impressões se perdem no meio da sombra das fotos.

domingo, 27 de março de 2011

Impressões - O início

A experiência deste livro me mostrou as possibilidades de abstração da monotipia e foi o inicio de um trabalho que se estende até hoje.
O livro da cuca foi feito apenas com guache preto. Mas quando o tema não era mais soturno, eu queria outras cores! Eu testei a impressão em vidro usando tinta acrílica, mas a secagem é muito rápida e o papel não desistia. O guache deu certo, mas é muito aguado, demorava para secar, e é difícil controlar seus efeitos. Por fim encontrei uma tinta que funcionou melhor, PVA! usada para artesanato, pintura de "mdf" e outras bases.
No começo eu tinha só 3 cores teste. Mas com o tempo a coisa evoluiu. E junto com a impressão comecei a trabalhar lápis de cor aquarelado.
Esses não foram os primeiros trabalhos de fato, mas foram os primeiros que deram certo e onde eu comecei a trabalhar figura e fundo, uma composição completa usando a nova técnica.

Guache e lápis.
Guache, PVA e lápis.
PVA e lápis.
PVA e lápis. Mesma "matriz" do anterior.
PVA e muito lápis.

Achei meu caminho.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

A Cuca vem Pegar!!

Em 2009 fiz um curso de ilustração com o Odilon Moraes e Fernando Vilela,
e uma das propostas era gerar o boneco de um livro desenvolvido com a supervisão deles (os caras são muito bons!) e baseado em cantigas e contos infantis.
A primeira coisa que me veio a mente foi a Cuca! A personagem mais legal do terror infantil! Ela é quase o "homem do saco", mas com cara de monstro!
Resolvi fazer uma brincadeira com isso criando livrinho "do mal".
Tudo se baseou nesse primeiro desenho:

E o resto, inesperadamente me apresentou para o mundo da impressão! Como eu tinha dificuldade e não queria de fato definir a Cuca comecei a trabalhar muito com preto, com manchas sugestões.

Umas imagens do livro:




segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Sumire


Por que tão só deste lado Murakami?